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ELIZANGELA
O último trabalho da atriz foi no longa ainda inédito: Coração de Leão, personagem Marcia com direção do Ale McHaddo.
Na televisão foi a Aurora da novela "A FORÇA DO QUERER" na TV Globo.
Elizangela do Amaral Vergueiro nasceu em 11 de dezembro no Rio de Janeiro, filha do executivo Emílio do Amaral Vergueiro e da dona de casa Rosalinda da Mata Resende Vergueiro. Começou a trabalhar como atriz aos sete anos de idade, na TV Excelsior, fazendo comerciais ao vivo. Descoberta por um produtor da emissora, foi chamada para estrelar o programa de entrevistas A Outra Face do Artista, também ao vivo. No mesmo canal, participou ainda do telejornal vespertino Jornal Infantil Excelsior e do programa de variedades Futurama – todas atrações ao vivo. Aos dez anos de idade, apresentava o programa de auditório Essa Gente Inocente, atração com crianças exibida horário nobre.
Em 1966, Elizangela saiu da Excelsior e foi trabalhar na TV Globo, onde o diretor Renato Pacote a convidou para fazer um teste de locução com Geraldo Casé. Depois de aprovada, foi escalada para ser assistente de Pietro Mario, o Capitão Furacão. Neste primeiro programa infantil da TV Globo, que estreou junto com as transmissões da emissora, a atriz-mirim ajudava na apresentação ao vivo, na função de líder da equipe de grumetes.
Pouco depois, começou também como apresentadora de outro programa de variedades, Show da Cidade, ao lado dos jornalistas Edna Savaget e Guima (José Antônio de Lima Guimarães), sem deixar o Capitão Furacão, que vinha imediatamente antes na grade de programação.
Em 1969, Elizangela ainda trabalhava no Capitão Furacão quando foi chamada para fazer o longa-metragem Quelé do Pajeú, com direção de Anselmo Duarte. No ano seguinte, estrelou outro filme, O Enterro da Cafetina, adaptado de diferentes histórias de Marcos Rey. Em 1971, teve seu terceiro papel no cinema: em Vale do Canaã, baseado em um conto de Graça Aranha.
Aos 15 anos, ao mesmo tempo em que ganhava experiência com interpretações no teatro, foi convidada para trabalhar em sua primeira novela: O Cafona, de Bráulio Pedroso. Na trama, exibida em 1971, Elizangela vivia Dalva, a filha de Gilberto Athayde (Francisco Cuoco). Sua novela seguinte foi Bandeira 2, de Dias Gomes, interpretando Taís – uma das protagonistas –, em um par romântico com Stepan Nercessian.
Em 1972, Elizangela também participou de diversos teleteatros, casos especiais e comédias especiais na Globo, como O Médico e o Monstro, de Robert Louis Stevenson, A Megera Domada, de William Shakespeare, Tartufo, o Impostor, de Molière, Medéia, de Eurípides, Feliz na Ilusão, de Gilberto Braga, e Somos Todos do Jardim de Infância, de Domingos Oliveira. Ainda no mesmo ano, trabalhou na novela O Bofe, de Bráulio Pedroso e Lauro César Muniz, no papel de Sandra.
Em Cavalo de Aço (1973), de Walther Negrão, fazia a rebelde Teresa, filha de Marta (Maria Luíza Castelli) e de Carlão (Milton Moraes) e irmã de Santo (Carlos Vereza). No ano seguinte, viveu a Regina de Supermanoela, de Walther Negrão, e, em 1975, a Lu da novela Cuca Legal, de Marcos Rey.
A atriz fez parte do elenco da primeira versão de Roque Santeiro, que foi censurada às vésperas da estreia, em 1975. Na novela de Dias Gomes, interpretaria Tânia, a filha de Sinhozinho Malta. Quando a nova versão foi produzida, dez anos depois, a personagem acabou vivida por Lídia Brondi, mas o autor fez questão de criar um papel especialmente para Elizangela: a Marilda.
Na novela Pecado Capital (1975), a atriz interpretou Emilene, irmã da protagonista Lucinha (Beth Faria). O nome da sua personagem era uma referência às cantoras Emilinha e Marlene. Já em Locomotivas (1977), a primeira novela gravada em cores no horário das 19h, Elizangela interpretou Patrícia, baterista de uma banda independente. Faria outro papel de rebelde dois anos depois, em Feijão Maravilha (1979), na qual contracenava com Marco Nanini, Marcelo Picchi, Grande Otelo e Lucélia Santos, entre outros.
Também na década de 1970, fez várias participações em programas humorísticos da TV Globo, como os de Jô Soares, Chico Anysio e Renato Aragão. Arriscou-se ainda como cantora, gravando um compacto com a música Pertinho de Você, de Hugo Bellard, que fez sucesso em 1979.
Em Jogo da Vida (1981), de Silvio de Abreu, Elizangela deu vida à hilária Mariúcha. A personagem – uma empregada doméstica que assediava o patrão (Gracindo Júnior) – ficou marcada pela gag de, sempre que estava prestes a pregar uma peça, olhar diretamente para a câmera e piscar.
Já em Paraíso (1982), de Benedito Ruy Barbosa, Elizangela foi Maria Rosa, filha de Aurora (Tereza Rachel) e do prefeito Norberto (Sérgio Britto). Em 1986, a atriz trabalhou na novela Tudo ou Nada, da TV Manchete. Voltou à TV Globo em 1991 para fazer o humorístico Estados Anysios de Chico City, com Chico Anysio. Retornou ao horário das 20h em 1992, com a estreia de Pedra sobre Pedra, novela de Aguinaldo Silva. Na trama, Elizangela vivia a extrovertida Rosemary Pontes, estereótipo de esposa de político e um dos primeiros personagens da televisão brasileira a utilizar um celular – que, para efeito cômico, raramente funcionava. Rosemary era casada com Ivonaldo Pontes (Marco Nanini), nora da vilã Gioconda (Eloísa Mafalda) e amante de Jorge Tadeu (Fábio Júnior).
Entre o final de 1993 e meados de 1996, esteve fora da TV Globo. Trabalhou nas novelas Éramos Seis e As Pupilas do Senhor Reitor, ambas no SBT. Voltou para a emissora a convite do diretor Ricardo Waddington para trabalhar na novela Por Amor(1997), de Manoel Carlos. Desta vez, seu personagem, a suburbana Magnólia, traía o marido Oscar (Tonico Pereira) com o jardineiro Genésio (Ricardo Macchi).
Em 2004, Elizangela viveu a ex-prostituta Djenane, amiga da vilã Nazaré em Senhora do Destino (2004), de Aguinaldo Silva. No ano seguinte, interpretou a fogosa Assunta, em A Lua Me Disse (2005), de Maria Carmem Barbosa e Miguel Falabella. Em junho de 2008, estreou na novela A Favorita, de João Emanuel Carneiro, como a cafetina Cilene, testemunha-chave do crime que motiva o eixo central da trama.
Em 2010, trabalhou no remake da novela Ti-Ti-Ti , de Cassiano Gabus Mendes, no papel de Daguijane de Oliveira, a Nicole, moradora do Belenzinho, casada com Higino Oliveira (Marco Ricca) e mãe de Desirée (Mayana Neiva) e Stéfany (Sophie Charlotte). Em 2011, Elizangela interpretou Íntima, a mãe superprotetora de Belezinha, personagem de Bruna Marquezine na novela Aquele Beijo, de Miguel Falabella.
No ano seguinte, integrou o elenco da novela Salve Jorge, de Gloria Perez, no papel de Esma, a esposa de Kemal (Ernani Moraes) e mãe de Ekran (Frederico Volkmann).
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